Oração inicial
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Senhor Jesus Cristo,
Tu és o Bom Pastor que nos conhece pelo nome e nos conduz à vida.
Abre hoje nossos ouvidos e nosso coração para escutarmos Tua voz com amor e docilidade.
Envia o Teu Espírito Santo, para que a Tua Palavra penetre em nós,
fortaleça a nossa fé e nos una mais profundamente a Ti e ao Pai.
Fala, Senhor, pois Teus servos escutam.
Amém.

  1. Lectio (Leitura)
    O que o texto diz?
    João 10,27-30 (CNBB)
    27 As minhas ovelhas escutam a minha voz; eu as conheço e elas me seguem.
    28 Eu dou a elas a vida eterna; jamais perecerão e ninguém as arrebatará da minha mão.
    29 Meu Pai, que as deu a mim, é maior que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai.
    30 Eu e o Pai somos um.
  2. Meditatio (Meditação)
    O que o texto me diz?
    Este breve, mas profundo trecho encerra a parábola do Bom Pastor. Jesus declara que os verdadeiros discípulos (as ovelhas) são aqueles que escutam Sua voz, seguem-No e recebem d’Ele a vida eterna. Teologicamente, temos aqui três afirmações centrais: Criptológica: Jesus revela-Se como o Pastor que conhece e dá vida eterna às ovelhas. Eclesiológica: O discipulado cristão se define pela escuta, seguimento e pertença a Cristo. Trinitária: A unidade entre o Pai e o Filho garante a segurança eterna das ovelhas. A frase “Eu e o Pai somos um” revela a união ontológica (de natureza) entre Jesus e o Pai, fundamentando a divindade de Cristo. Cristo é o Pastor divino que conduz o rebanho à vida eterna. Sua união com o Pai assegura que ninguém pode arrebatar-nos de Suas mãos. A pertença a Cristo é garantia de vida e segurança definitiva. Eu sou uma dessas ovelhas de Jesus? Eu escuto Sua voz? Eu O sigo de verdade?
    Somos convidados a confiar: A escuta da Palavra e a intimidade com Cristo me dão segurança e vida plena; Nenhuma dificuldade, sofrimento ou tentação pode me separar de Suas mãos, se eu permanecer n’El; Jesus me convida a renovar minha escuta e meu seguimento, não por medo, mas por amor e confiança.
  3. Oratio (Oração)
    O que o texto me faz dizer a Deus?
    Senhor Jesus, Bom Pastor,
    Eu Te louvo porque Tu me conheces e me chamas pelo nome.
    Tu me atraíste com a Tua voz e me conduziste ao rebanho da Tua Igreja.
    Renova em mim o dom da escuta e da fidelidade.
    Que eu Te siga cada dia com mais amor e confiança.
    Aumenta minha fé na Tua promessa de vida eterna.
    Guarda-me sempre em Tuas mãos e nunca permitas que eu me afaste de Ti.
    Eu creio na Tua unidade com o Pai e confio que nada pode me separar do Teu amor.
    Amém.
  4. Contemplatio (Contemplação)
    O que o texto faz brotar no meu coração?
    Eu permaneço na presença do Bom Pastor; Contemplo Suas mãos estendidas que me seguram com ternura e firmeza, ouço, no silêncio, a Sua voz suave que me chama e me assegura: “Eu te conheço. Eu te dou a vida eterna. Ninguém te arrebatará de minhas mãos.”
    A contemplação me faz saborear a paz e a segurança que só Cristo pode dar, sua voz dissipa meus medos, incertezas e inseguranças, contemplo a comunhão entre o Pai e o Filho, na qual estou inserido.
    Frase para repetir no silêncio:
    “Senhor, Tu me conheces e me guardas em Tuas mãos.”
  5. Actio (Ação)
    O que o texto me impulsiona a viver?
    Cultivar diariamente a escuta da Palavra de Deus, reconhecendo a voz de Cristo, reforçar minha comunhão com a Igreja (o rebanho de Cristo), viver com confiança, sabendo que nada pode me separar de Cristo, testemunhar aos outros a alegria de pertencer ao Bom Pastor.
    Compromisso prático:
    – Reservar um tempo diário para escutar a Palavra (lectio divina, evangelho do dia).
    – Participar da missa dominical com consciência de pertença ao rebanho.
    – Praticar um gesto de cuidado pastoral (escutar, consolar, orientar alguém).
    – Confiar a Cristo as minhas ansiedades e inseguranças.
    Cristo, o Bom Pastor, te conhece, te chama, te guarda e te dá a vida eterna.
    Ninguém pode te arrebatar de Suas mãos, pois Ele e o Pai são um, nossa vida está segura Nele — na escuta, no seguimento e na comunhão com a Igreja.

Ir. Débora melo